Caminho dos Pescadores (Trilha do Gravatá)

Reconhecido oficialmente por lei desde 2013 o Caminho dos Pescadores liga o Retiro da Lagoa à pequenina, mas também belíssima, Praia do Gravatá, a pérola do leste na Ilha. Seu trajeto, embora curto, revela-se pródigo de paisagens naturais percorrendo áreas de preservação permanente em meio à Mata Atlântica. Não obstante, ramais secundários do caminho ainda conduzem a mirantes naturais com visuais encantadores, embora nenhum deles com estrutura para visitação, como o da “Pedra do Urubu”, cuja vista da formosa Lagoa da Conceição e praias Mole e da Galheta deleitam os mais variados olhares.

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Características

Apesar do número crescente de turistas, principalmente no verão, a “Trilha do Gravatá” ainda hoje continua sendo até no nome, com justiça, o Caminho dos Pescadores. Embora o gado ainda possa ser visto, eventualmente, pelos pastos tomados pelo mato, as roças das antigas plantações se foram, permanecendo somente a pesca como atividade tradicional de longa data na região, seja da tainha que movimenta o simpático rancho de pesca na praia de areia fina, ou dos pesqueiros no costão da Ponta do Gravatá, como o buraco do sargo e o cantinho do pampo que fazem até hoje a alegria dos homens do mar.

O leito do Caminho dos Pescadores é largo permitindo até o presente a passagem de animais de carga, como cavalos de serão (espécie de balaio confeccionado de cipós e bambus usados ao par), utilizados no transporte, inclusive de víveres, durante a época da tainha. Do ramal principal, com trechos de chão batido e pedras, alguns fortemente erodidos, e outros de areão, partem trilhas como a que conduz a um conjunto de pedras com vista privilegiada do Retiro da Lagoa logo após a subida inicial do caminho. Já ao final dele são os sulcos das oficinas líticas nas pedras da praia que chamam a atenção.

Antes dos açorianos, navegadores europeus e até dos primeiros índios a pisar na região da Ponta do Gravatá, conhecida já há alguns bons séculos pela espinhosa Dyckia encholirioides (Gaudich.) Mez, as pedras, tomadas pelo abundante gravatá, seguiam o seu próprio caminho no tempo geológico até chegarem ao presente sob formas curiosas, como de onda, cabeça de tartaruga e outras, como no próprio Caminho dos Pescadores e no cocuruto da “Cabeça do Dragão”, como também é conhecida a ponta, repletas de caneluras de dissolução, que não fossem explicadas cientificamente bem que poderiam passar por autênticas obras bruxólicas.

Especificações Técnicas

Início: Retiro da Lagoa, Rodovia Jornalista Manoel de Menezes (SC 406), [referência número ou quilômetro].
Final: Praia do Gravatá.
Trajeto: Retiro da Lagoa (altitude: 37 m) até a Praia do Gravatá (altitude: 0 m) pelo Caminho dos Pescadores.
Distância total aproximada: 1,3 quilômetros.
Duração estimada: 54 minutos.
Desníveis de subida: ±68 m e de descida: ±102 m.
Condições específicas: sem acesso à água potável e grande parte do trajeto com exposição direta ao sol.

Trilha pelo trecho principal

Trilha pelo trecho secundário

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Caminho dos Pescadores (Trilha do Gravatá)

O Caminho dos Pescadores liga o Retiro da Lagoa à pequenina, mas também belíssima, Praia do Gravatá. Seu trajeto, embora curto, revela-se rico de belezas naturais. Ramais secundários do caminho ainda conduzem a outros mirantes naturais encantadores como o da “Pedra do Urubu” com 141 m de altitude, cuja vista da Lagoa da Conceição e praias Mole e Galheta divide os olhares com a prática de rapel no local.
Condições específicas: Grande parte do trajeto com exposição direta ao sol e risco de queda no vazio.

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